Meu nome é Alice Nogueira.
Ao longo de minha trajetória descobri que meu maior interesse nessa vida é o ser humano. Abordei-o sob diferentes perspectivas em cada momento da minha vida, mas sempre com enorme interesse e curiosidade, buscando no mundo compreensão para o que via dentro de mim e usando o que eu tenho dentro de mim para estar em comunidade. Me formei primeiramente em artes cênicas na Universidade de São Paulo. Trabalhei dirigindo, escrevendo e lecionando para e com diferentes pessoas e grupos, de diferentes origens e realidades. Depois, durante meu mestrado na mesma universidade, compreendi que meu maior interesse no teatro não era criar um resultado estético, mas sim o processo de criação, durante o qual eu podia traçar caminhos para aqueles que estavam comigo se descobrirem, se desenvolverem e compartilharem suas experiências e formas de ver o mundo. A essa altura eu já atendia pessoas de forma voluntária dentro de um grupo de estudos místicos do qual faço parte, a Ordem, Princípio e Luz. O interesse pela psicoterapia aumentava a cada dia. Por diferentes motivos acabei indo para a Alemanha fazer mais um mestrado e, durante a pandemia, me formei em astrologia pela Faculty of Astrological Studies de Londres. Me graduei como psicoterapeuta na mesma época na Escola Casuloterapia e comecei a realizar atendimentos individuais e com casais.
Desde então minha tarefa tem sido aprofundar cada vez mais meu conhecimento sobre os seres humanos e buscar formas de unir a expressão artística com o conhecimento de si.
Sendo uma pessoa queer, acabei me especializando no tema e hoje em dia posso dividir esse conhecimento com quem tenha interesse, preparando grupos para lidar com questões de gênero e sexualidade, equipando-os para terem uma compreensão mais ampla do tema e transformarem suas comunicações com a sociedade. Gosto também de mediar grupos de apoio à população queer e LGBTQI+.
Para mim é muito importante que meu trabalho seja acessível a todas as pessoas e que não se limite a determinados grupos, seja por questões econômicas, sociais, de gênero, origem, descendência e tantos outros fatores que excluem comunidades inteiras de determinadas experiências. Acredito que em nossas ações modificamos aos poucos a herança histórica a qual pertencemos da mesma forma que o fazemos com as heranças familiares e os traumas que vivenciamos.